sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Catecismo nosso de cada dia

Nossa dura formação católica perdida no tempo, no espaço e na rotina moderna. Não sei se as crianças de hoje têm isso, mas na minha infância o catecismo era obrigatório, uma preparação para os sacramentos conscientes, como Primeira Comunhão e Crisma. Lembro de um livrinho, mas próximo de uma cartilha de bolso, com capa de papel de seda vermelho. Era nossa versão do bem do livrinho ideológico de Mao (da revolução cultural chinesa). Nele, havia uma descrição básica dos preceitos da Santa Igreja, o Credo nosso de cada dia (ressureição da carne era um deles), os tais sacramentos (na época se falava em extrema unção ainda e não unção dos enfermos, por exemplo), detalhes sobre o Terço e o Rosário e algumas orações importantes. Pai Nosso e Ave Maria todo mundo (católico) sabe. Mas os caducólicos como eu já não se lembram mais de outras rezas até então fundamentais como Salve Rainha (...vida, doçura, esperança nossa... algo assim) e Ato de Contrição. Elas eram cobradas da gente na escola, até a oitava série, salvo engano. Espero que a tradição religiosa deixe pelo menos um legado na gente, o princípio humanista da fé cristã. É difícil até hoje não atirar a primeira pedra. É muito fácil julgar os outros. Feliz Natal. Amém.