domingo, 21 de junho de 2009

Nhaaaac!!

Uma menina comportadinha, que não assusta ninguém à primeira vista. Até que ela se depara com uma fatia de pão com Claybon e... Nhaaac! A mordida típica de desenho animado da loirinha de trancinhas, com um enorme bocão, entrou pra nosso imaginário infantil. A propaganda é clássica. Lembram-se? Dos comerciais televisivos de margarinas dos anos 1970 temos ainda que registrar a carinha desenhada com faquinha na superfície circular do pote de Doriana. O jingle: "A mamãe e o papai, os filhinhos também, todos vão adorar seu sorriso, meu bem". É a versão antiga e cremosa do Smiley, aquela carinha redonda e amarela com sorriso, não é? É o bisavô dos emoticons da internet. O pessoal usava a embalagem para plantar flores e cactos ou guardar alimentos na geladeira.

É um pássaro? É um avião? Não...

Em 1978 passamos a achar que, sim, o homem pode voar. Um super-homem arrebentou nas telas do cinema de todo mundo e até hoje muitos consideram a versão interpretada por Christopher Reeve como antológica, insubstituível. Lembro da série de produtos licenciados com a marca do Superman, abrindo a porta para o surgimento das superproduções inspiradas em heróis dos quadrinhos. Tinha uma revista com muitos decalques (transfer) e até um móbile de papel no tamanho real do ator. Assisti ao filme no Cine Virgínia, de Curvelo, e no Metrópole (tudo a ver com Metropolis), em Belo Horizonte. O curvelano não projeta mais e o da capital desapareceu. Super-Homem, nos socorra! Volte no tempo e traga nossas salas mágicas de volta.

Revista Nosso Amiguinho

Apesar de voltada para o segmento evangélico, a revista Nosso Amiguinho é uma boa lembrança da minha infância católica em Curvelo. Publicada há quase 60 anos pela Casa Publicadora Brasileira, responsável por centenas de títulos, Nosso Amiguinho é a revista infantil de maior tiragem no Brasil, com mais de 130 mil exemplares. Adorava receber mensalmente em casa as aventuras dos personagens Cazuza (louco por futebol), Kiko, Noguinho (o líder), o Professor Sabino (o sabe-tudo) e as meninas Luíza e Gina. A turminha também tem ainda o cãozinho vira-latas Azeitona. Lembro do representante da editora, um senhor do interior paulista, nos visitando regularmente para renovar a assinatura da revista e oferecer de outras. O legal desses quadrinhos com seções didáticas, de curiosidades e passatempo é que não havia intenção de doutrinar religiosamente, mas educar crianças sobre cidadania, ecologia e respeito à diversidade racial. Tudo com diversão. Após os tempos de menino, minha mãe assinou pra gente outras revistas da Casa, como Vida e Saúde e Mocidade. Nosso Amiguinho é tradição na Igreja Adventista. Continua produto de qualidade e sucesso para o público infantil, com o mesmo formato e desenho.