
Poucos objetos me inspiram tanta nostalgia como as canequinhas de café esmaltadas. Meus velhos parentes já diziam que cafezinho bom era aquele passado (mineiro fala passar e não coar) na hora e água fervida no fogão de lenha. Depois era só servi-lo com broas ou bolo de fubá ou pão de queijo. “Bom dimais, sô”. A bebida cafeinada e açucarada – não tínhamos opção a essas duas qualidades – queimava os lábios de tão quentes que caínham no vasilhamente de ferro pintado. Branquinhas, com "machucadinhos" escuros (até essas pintas dão saudade) e detalhes pintados em azul, as canequinhas ficavam até penduradas, reservadas para os donos. Bons tempos.
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