quarta-feira, 7 de abril de 2010

Big bands e poupurris

Meus tempos das big bands (Exagerando? É claro) ficaram enterrados no passado de minha Curvelo. Podem até achar brega, mas relembrar aqueles bailes embalados por belas baladas de bandas (Aliteração? É claro) é exercitar um doce saudosismo. Os eventos dançantes especiais na sede campestre do Clube Recreativo Curvelano (CRC), animados por uma trupe musical que desembarcava de um colorido ônibus, são inesquecíveis. As bandas eram regulares, mereciam uma nota seis, mas eram pau para toda obra. As melhores eram daquelas que tocavam em festa de casamento e de formatura. Exemplo? A Banda Brasil Exportação. Geralmente elas abriam o eclético repertório com um sucesso do momento, depois rolava um Frank Sinatra e classicões de Glen Miller. Crooners femininos ou masculinos se revezavam na primeira ou segunda voz. Depois faziam uma “viagem musical” pelos ritmos mais conhecidos do mundo. Entre um poupurri e outro, tinha a hora reservada para os casais dançarem e a hora da agitação geral. Por fim, a saidera tinha um apoteótico samba, carnaval ou axé. Apesar do enrrolation nas letras estrangeiras, dos acanhados canhões de luz e dos teclados com batida viciada, os momentos sonorizados por essas bandas mereceram nossos brindes com cerveja, guaraná e, eventualmente, uísque.