quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fundo de quintal Lab

Era um pedido insistente pelo presente que foi atendido. Minha prima Cybele, que é química, me presenteou com um jogo científico infanto-juvenil muuuuito legal chamado de Pequeno Cientista. Achei na internet kits antigos da marca Sentosphere, que permitiam experiências simples e quase sem nenhum perigo, quase envolvendo soluções à base de água. A caixa trazia um belo microscópio, dezenas de tubos de ensaio, pipetas e frascos com soluções variadas. Continha oito produtos químicos solúveis com tampa de segurança, três frascos de corantes solúveis na água, um frasco de corante solúvel ao óleo, duas pipetas, uma colher, dois vidros graduados com tampa, dois cavares, um apoio e três tubos de ensaio de vidro, um tubo de ensaio com buraco para fazer bolhas, uma espátula, duas minas de carbono, uma pequena colher, um conector para as pilhas, lunetas de segurança, um mata-borrão e manual instruções para diferentes experiências. Brincava de pesquisador na casa do fundo de quintal, batizada de "o laboratório". Numa das experiências, um pingo de uma mistura ácida me deixou para sempre marca de queimado na mão esquerda. No microscópio observávamos bactérias em fios de cabelo, antenas de formiga e curiosidades mil postas na lâmina. Lembro do cheiro de enxofre vindo de um vidro e de porta-tubos feito por carpinteiro.

Eldorado bombardeado

Nos tempos em que estudava no Colégio Padre Curvelo, passava em frente a uma casa de fliperama ao lado do Bar Laçador, Praça Benedito Valadares. Dos hoje considerados rudimentares e nostálgicos jogos eletrônicos movidos à ficha que havia lá, o mais sofisticado era o Xevious. Meu amigo Zé Pedro fazia misérias no bombardeio de uma cidade perdida na Amazônia, pilotando um disco voador sobre rios, matas, pirâmides "astecas" e aldeias. O sobrevoo do OVNI na telinha em cores do quiosque era manobrado por apenas uma alavanca preta e alguns botões. Essa jogatina até viciava (talvez melhor dizer envolvia), mas bem menos e com muito menos danos à mente do que os atuais joguinhos digitais de bolso e domésticos. Pois bem, tempo esgotado. Game OVER!