segunda-feira, 28 de julho de 2008

Templo da sétima arte

Durante anos ouvimos notícias sobre um inevitável fechamento das portas do Cine Teatro Virgínia. O espaço máximo da cultura em Curvelo poderia, de uma hora para outra, deixar de ser o nosso Cinema Paradiso. Demorou, mas o maior orgulho dos curvelanos acabou se tornando um melancólino retrato de uma derrota de toda a sociedade. Não fomos capazes de manter o melhor espaço no interior de Minas para a sétima arte. Ali nós assistimos centenas de filmes, como as séries dos Trapalhões, de Guerra nas Estrelas, de Superman e tantos outros clássicos. O ritual da abertura das cortinas era um show à parte, com sua seqûência de luzes coloridas evoluindo rumo ao telão, que poderia suportar um cinemascope. Os LPs com as trilhas sonoras, que tocavam momentos antes do filme começar, também embalavam sonhos e preparavam nossos corações ansiosos pelo início da sessão. As guloseimas também eram muito legais. Os pacotes de balas chita e soft que montávamos lá deixaram saudade. Devemos ao Virgínia um capítulo feliz de nossa infância.

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