domingo, 6 de junho de 2010

O segundo carango do pai

O primeiro carro de minha família em Curvelo foi um fuscão bonina, ou vinho, como se chamava a cor na época, mais escura do que o vermelho clássico. Antes desse veículo, meu pai andava de bicicleta. O segundo carro dele foi de longe o mais confortável de todos que teve: um corcel bege. A luz de centro do habitáculo do automóvel era, para mim, um luxo. Os cinzeiros embutidos também eram chiques, além de outros detalhes. Depois veio um Fiat 147 a álcool, made in Betim, verdão. O apelo do modelo estava na economia com gasto de combustível. Mas continuei com saudade do corcel, símbolo dos anos 1970, que tinha um logo com o belo cavalo do qual pegou o nome emprestado. Tempos de carroças. O Scort XR3, sobretudo o conversível, era, por exemplo, o carango dos sonhos dos garotos.

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